quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Metas para 2014



Promover, Sustentar e Proteger, a Vida Humana, a Vida Animal, a Vida Vegetal e a Vida Mineral!
Quem vem?



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Renascimento


Tempo de Renascer das cinzas e iniciar uma Novo começo nos Tempos da Eternidade...
Tempo de Refletir,
Refletir a Luz que existe em cada Ser ...
Tempo de Ser mais que Humano...
Transmutar o DNA pré histórico,
Tornar-se Estelar
Tempo de Amar
Viver no Amor do Cristo Vivo Já!


Feliz 2014! Em Deus 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Lírio


Coisas Bonitas para Ela :)

O Lírio faz parte de uma tradição trazida por um dos Apócritos, segundo o qual, o Sumo Sacerdote teria reunido os jovens de Jerusalém para saber qual deles seria o Pai do Messias prometido. 

Cada um tinha um bastão de madeira; e a resposta de Deus seria dada pela flor que brotaria de um bastão de um dos jovens, o que teria acontecido com o bastão de José.

Salve São José!
Salve São José Operário!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Os Cincos Dedos


Respeitar O Pai Respeitar A Mãe Respeitar O Irmão Respeitar O Amigo Respeitar O Animal Respeitar A Árvore Respeitar A Água  Respeitar O Filho Respeitar O Mestre...

Reduzir O Pensamento Reduzir O Consumo  Reduzir A Palavra inútil Reduzir O Lixo   Reduzir O Baralho Reduzir O Medo Reduzir A   Preguiça Reduzir A Fome do Mundo Reduzir a Desigualdade Social Reduzir a Tristeza ...

Reutilizar O Amor Reutilizar O Perdão Reutilizar Reutilizar Ideias Reutilizar...
Ajuda, você aí :)

Reciclar A Mente, Reciclar O Sentimento, Reciclar o lixo...

Ser Responsável por Ser Melhor.



Reciclagem é o nome dado ao processo de reaproveitamento de objetos usados para confecção de novos produtos.

Junto com o aumento da população mundial e com o crescimento da indústria, aumenta também a quantia de resíduos orgânicos e inorgânicos na sociedade. Devido a grande quantia de lixo, reciclar se torna uma atitude cada vez mais importante para a manutenção da saúde do planeta e das pessoas. 

O processo de reciclarem gera riquezas, já que algumas empresas usam o procedimento como uma forma de reduzir os custos e também contribui para a preservação do ambiente. Os materiais mais reciclados são o papel, o plástico, o vidro e o alumínio. 

A coleta seletiva do lixo e a reciclagem são cada vez mais conhecidas em todo o mundo, uma vez que a reciclagem auxilia a redução da poluição do solo, do ar e da água. 

Como as cidades com grande crescimento da população não tem locais para instalar seus depósitos de lixo, a reciclagem é uma solução economicamente viável. 

Em muitos locais públicos, existem latas disponíveis para realização da coleta seletiva, faltando apenas à conscientização de algumas pessoas para que o processo deslanche de vez. 

Na zona rural, ocorre à reciclagem do chamado lixo orgânico que seriam restos de alimentos. Esses “restos” são utilizados para fabricação de adubo orgânico que é utilizado para preparar o solo das plantações. 

Ao reciclarmos, estamos contribuindo para um desenvolvimento sustentável para o planeta. Alguns materiais inorgânicos levam até 5.000 anos para se decompor. 

Veja alguns produtos que você pode reciclar além dos citados acima: 

Papel: jornais, folhetos, caixas de papelão, revistas e demais embalagens feitas de papel; 

Vidro: garrafas, frascos de medicamentos e algumas embalagens de alimentos; 

Plástico: garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas dos supermercados; 
Metal: latas de alumínio, de aço, tampas, cobre, alumínio, pregos, etc. 

Lembre-se: a maioria dos materiais que simplesmente jogamos no lixo pode ser reciclada. Reciclando, você ajuda a preservar e até melhorar o planeta para as gerações futuras, diminuindo a poluição e mantendo os recursos naturais disponíveis.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013



Mãos à Obra


Quer trabalhar para Deus?

O que mudará o nosso planeta é a consciência. O que cria a consciência é a educação. O que permite a educação é a liberdade. Criar consciência. Para isso Instruir. 

A Educação já definida como o ato de fazer emergir o que está dentro, mostra-nos com muita clareza que educar é conduzir o ser em desenvolvimento a seu pleno dinamismo de crescimento e complexidade da existência.O que mudará o nosso planeta é a consciência. 

Educar significa ajudar a acordar, ajudar a encontrar no próprio ser o ímpeto, a vontade de descobrir, de crescer, de progredir. 

UM POR TODOS, TODOS POR UM, constrói um conceito de educação, onde sua argumentação sustenta-se nos sentidos apreendidos nas diversas interpretações existentes no campo do pensar/ saber, sentir e agir, promovendo a valorização de todos, bem como, contribuindo para o incremento de uma melhor qualidade de vida, ensino e aprendizado. 

A Rede pretende desenvolver suas Ações durante um ano de construção, realizadas a partir de Seminários Pedagógicos, Eventos sócios culturais e Produção de Material Didático Multimídia. 

Amor e Consciência


Possuímos um elo com o misterioso e insondável mundo interior e enfatizamos o movimento cíclico do tempo, ritmo do vai e vêm, imagens da lei natural atuando nas profundezas dos nossos corpos, almas, sentimentos, sonhos, intuições. 

O presente estudo é resultado das nossas reflexões e buscas a cerca de uma educação que integre o corpo a mente e o espírito do ser humano, uma ação educativa que nos faça repensar o homem. 

A Prática aborda o despertar e o desenvolvimento da Conscientização Corpórea do SerIntegrando Corpo / Mente / Espírito, a partir da experimentação e prática do movimento  Artístico. 

Investiga desde a Estrutura Anatômica do corpo físico, como a sua Estrutura Imaterial. (Corpo Energético). 

Desenvolve o auto conhecimento do corpo e da mente a partir do Alinhamento da Coluna Vertebral e sua movimentação ígnea. 

Possibilita o fortalecimento consciente das articulações, órgãos, músculos, tendões e nervos, bem como, dos sistemas respiratório e locomotor. 

Estuda o mecanismo e funcionamento dos Movimentos do Corpo, dos Chakras, e da Comunicação entre eles. 

Sensibiliza os sentidos físicos e extras sensoriais. 

Tipos de Conhecimentos: Prático, Experimental, Científico, Investigativo, Artístico, Reflexivo, Sensível, Criativo e Lúdico.
Alcançar harmonia no sentido de aumentar a flexibilidade de adaptação desse tônus (o corpo integrado) às ações humanas, facilitando à pessoa encontrar seu eixo corpo / mente, estimulando no indivíduo a capacidade de crescer e criar, favorecendo o desenvolvimento de uma sensibilidade profunda para aperfeiçoar o Ser humano.

Traz inúmeros benefícios para a saúde, onde a respiração mais profunda e consciente abrirá a sensibilidade às reações dos órgãos internos, das glândulas, da musculatura, dos ossos, da circulação e do estado de relaxamento (eutonia), oferecendo oportunidade de aprendizado e pratica para quem estiver buscando uma educação que atinja outros níveis de consciência...

... Mais profunda, onde as regras que inibem a consciência corporal devam ser modificadas e O ser redescoberto mais solto, mais leve, menos tenso, mais forte, mais criativo, Alinhado...





























Cada um difere por sua postura, por seus
pensamentos, pela sua atitude, pela sua fala, pelo seu olhar, pela sua maneira de pisar, pela sua dança. 

É preciso investigar, conhecer, harmonizar e fortalecer os corpos, como seres completos e únicos.

Esta disciplina oferece elementos práticos e teóricos fundamentais para a compreensão necessária da consciência do corpo, da mente e especulações sobre o espírito, no exercício de aperfeiçoamento do ser educador / educando, nas instituições de ensino e aprendizado.

Visa não só o conhecimento técnico e científico do corpo e sua educação, mas o aperfeiçoamento do ser, do artista interno e a sua sensibilização.



Quanto mais pudermos chamar a atenção, discutindo causas como o amor e a consciência necessária para o mergulho interno em busca de Deus, estaremos em movimento. 

O estudo integralizado do ser implica em abranger a totalidade de sua formação física, psíquica e moral, bem como em saber o centro de onde parte toda ação, seu destino e seus reflexos, onde aspectos que compõem a própria existência contêm e estão contidos na busca real do viver humano.  

Refletindo acerca de movimento e consciência em nosso corpo, trançamos uma trilha simbólica e prática que facilite difundir o sentido subjetivo na educação e torná-la integral.

Essa visão deve sustentar uma educação em que se façam presentes tanto à significação da técnica, como da criação. Conhecer tanto com o corpo quanto com o pensamento, o sentimento e o espírito, pois há um só organismo. 

O corpo é o ponto de concentração de todos os níveis, é o nosso lugar onde todos os níveis terão de se manifestar. Ele é a casa, o espaço que habita o espírito, tanto mapa quanto bússola para a busca da nossa totalidade. 


Se assim o é, buscamos a essência da coisa e procuramos não ignorar o intangível. 

Este guia prático de “conscienciar-te” é uma ação educativa que não privilegia nem a materialidade nem a espiritualidade nem o indivíduo, nem o coletivo, mas que integra todas estas dimensões e níveis no ser criativo. 

Utilizamos uma linguagem simbólica que nos permita através do universo sensível da arte, educar, sensibilizar, curar, transformar e integrar. 

À medida que vamos compreendendo o corpo e seu sistema de energia, passamos a estudar os princípios subjacentes à prática. A palavra texto significa tecendo junto. O método aqui é o trabalho das ações.



DA TEORIA À PRÁTICA

     BLOCO I – NÍVEL FÍSICO – CORPO FÍSICO

  • Apresentação e discussão sobre o Conceito e Princípios da CCI, Consciência Corporal Integral.
  • Abordagem do funcionamento e fisiologia da anatomia humana: Como é a construção minuciosa do corpo físico e da energia que o faz mover? 
  • Simbolismo físico corporal
  • Esqueleto – Ossos – Articulações. Músculos e Tendões – Viabilizadores do Movimento
  • Pés, a Base da construção anatômica.
  • MI (membros inferiores) Pernas, os pilares do corpo, instrumento de locomoção.
  • Joelhos: Olhos que articulam os Pilares do corpo.
  • Cintura Pélvica – estrutura que acopla a formação do bebê, bacia da Criação.
  • Tronco: localização consciente dos Órgãos e Glândulas e suas respectivas funções.
  • Construção e Experimentação de posturas corporais

    BLOCO II – NÍVEL PSÍQUICO – CORPO MENTAL

  • MS (membros superiores). Braços, Asas, prolongamento do coração.
  • Cintura Escapular, ombros, escápulas, omoplatas.
  • Pescoço, Início do Tubo de Conexão com o céu, ou o que está na parte superior
  • Cabeça, regente do corpo onde habita o cérebro regido pela mente.
  • Foco: olhos, espelho da alma, essência do Ser - Princípios do palhaço.
  • A Respiração e suas variáveis: princípios do Yoga e da técnica de Pilates.

     BLOCO II – NÍVEL MORAL – CORPO ESSENCIAL (ESPIRITUAL)

  • Mãos, Instrumentos da cura e da Magia, a arte de manipular – Diversas Abordagens.
  • Leis da Divindade e Gravidade - Verticalidade da Coluna Vertebral -Vetores e Refletores corporais que dimensionam e organizam o corpo no espaço.
  • Centros ou vórtices de força: Estudo dos Chackras. Ativação e harmonização a partir do movimento e do som. Aquecimento e purificação corporal – expansão da força vital.
  • Conceitos de Relaxamento – Eutonia e Homeostase.
  • O Sistema Sinestésico - Experimentações e sensibilização do tato, olfato, visão, paladar, audição, percepção, intuição, Incorporação.
  • A construção do corpo expressivo – Personagens Internos Técnicas e dinâmicas preparatórias para ação do artista interno.

Incorpore



A Teoria da Comunicação entre o Corpo e o Movimento que o Anima 

O Mestre do dia disse-nos assim: Podemos começar por aqui; o ato de incorporar aspectos, arquétipos, variações de espaço, forma e ritmo do movimento. Por enquanto iremos apenas refletir sobre eles. Passaremos um tempo observando como nos movimentamos nestes níveis do viver humano. A prática faz parte do exercício de preparação do ator, aquele que realizará a ação.

 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO

DOBRAR 
ESTICAR 
CAMINHAR
GIRAR
RESPIRAR
PARAR
COMUNICAR 

 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DA MENTE

CONCENTRAR
DISCERNIR
TRANSCENDER
INVOCAR
PONDERAR
INTELIGIR
DEFINIR

 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO ESPÍRITO

AMAR
ENSINAR
AMPARAR
UNIFICAR
VIBRAR
CURAR
CRIAR

Neste fim do dia concluiu o Mestre:

Através da arte, o homem registra fatos e acontecimentos importantes de sua época, preserva sua cultura, bem como expressa sua visão de mundo com o objetivo de atingir, através dos sentidos, o receptor que aprecia a sua obra.





A aprendizagem da prática é um processo reflexivo – ativo, que acontece a partir da experimentação direta com a coisa.

A construção do conhecimento vem da experiência em si, da relação que se tem com o próprio ser, despertando o observador interno, sábio e tranqüilo, que percebe, sem preconceitos, suas inquietações, dores, limitações, tensões, desejos e prazeres, abrindo campo para uma transformação em si próprio, e com isso possibilitando uma escuta sensível do outro. 

Assim, todo o conteúdo ainda que teórico estará entrelaçado a experimentação e  a prática do mesmo.

Instrumentalizada com diversas técnicas corporais, vivências espirituais e dinâmicas artísticas, serão praticados exercícios com varas de bambu, exercícios de respiração, experimentações das diversas possibilidades de movimento do corpo, buscando desenvolver em si os princípios do Incorpore.

O Corpo físico, como uma flauta de Bambu (Vertical e Flexível) com sete “orifícios” de onde serão retirados sons e movimentos destes pontos de força centrais.

Exercícios de interação com o outro e com o grupo (Jogos de Bambu).

O exercício do Abraço – Abertura e Entrega.                                            
Através das cores, sabores, aromas, toques, palavras, imaginação e outros instrumentos, os

sentidos físicos e extras físicos serão estimulados, despertando e utilizando a capacidade real do sistema sinestésico.


A Avaliação é aqui, a observação da ação constante e em conjunto, de cada encontro que prima por reconhecer o que foi experienciado e aprendido em si individualmente. 

Compreendida como processual, determina o nível de desenvolvimento e compreensão dos conteúdos abordados e das atividades propostas. 

Este aproveitamento é avaliado através do acompanhamento do ato educativo que visa reconhecer os resultados obtidos, bem como os bloqueios que impediram o alcance do objetivo geral: Conhecer-se e Recriar-se.


Referências 

  ATTAR, ud-Dim Farid, A Linguagem dos Pássaros. Coleção Clássica do Sufismo. São Paulo. Attar editorial. 

A MÃE. Conversas. Espiritualidade Yoga. São Paulo, Shakti, 1992. Índices para catálogo sistemático: Ioga: obra interdisciplinar

BAKER, Douglas, Anatomia Esotérica. Tradução de Julia Barány- São Paulo: Mercuryo, 1993. 1. Anatomia humana 2. Esoterismo 3.Ciências ocultas. 

BARRETO, Maribel Oliveira. Teoria e Prática de uma Educação Integral, Salvador: Sathyarte, 2006. 1. Educação – Valores humanos 2. Educação – Estudo. 3. Consciência. 

BERGE, Yvonne, Viver o seu Corpo: Por uma pedagogia do Movimento. Tradução: Estela dos Santos Abreu e Maria Eugênia de Freitas Costas. Dezembro: 1983.

Bruhns, Heloisa Turini,Conversando sobre o Corpo. Campinas: Papirus.1986. 1. Educação física e treinamento – Filosofia. 2. Educação pelo movimento, 3. Atividades Corporais.

CALAIS-GERMAIN, Blandine, Anatomia para o movimento. Volume 1 Introdução à análise das técnicas corporais. Tradução: Sophie Guernet – São Paulo: Manole, 1991. 

FERNANDES, Silvia, O Lugar da Vertigem. In: Teatro da Vertigem: Trilogia Bíblica, São Paulo: Publifolha. 2002. 

FISCHER, Ernst , A necessidade da Arte, tradução Leandro Konder – 9 ed. –Rio de Janeiro.1. Arte 2. Filososfia 3. História. 

FUX, Maria, Dança, experiência de vida São Paulo: Summus, 1983. (Novas buscas em educação; v. 15). 1. Dança 2. Dança terapêutica 3. Expressão Corporal 4. Movimento representação teatral). 

HERMÓGENES, Auto perfeição com Hatha Yoga. Rio de Janeiro: Record, 1994. 

HERRIGEL, Eugen, A Arte cavalheiresca do   Arqueiro Zen, Otto Wihelm Barth Veriag, 1975. Editora Pensamento Ltda. 

KRISHNARMURT, Jiddu. A educação e o significado da vida. São Paulo: Cultrix, 1994. 

  Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais. – 7 C. D. E./ Histórias Imutabilistas, Salvador: O.C.I.D.E.M.NT.E, 2001. 

 RHYNER, Hans H. Ayurveda: Um tratamento de saúde que não agride seu corpo. Direitos de tradução para a língua portuguesa adquiridos com exclusividade pela Editora Pensamento – Cultrix Ltda. 
  
  ROTH, Gabrielle, Os Ritmos da Alma: O Movimento como prática espiritual. Tradução: Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Editora Cultrix, 1997. 
 
  SADHU, Mouni, Concentração: Guia prático para se conseguir paz interior, saúde perfeita e sucesso na vida através do poder mental. Tradução de Leonildes Doblins. São Palo: Editora Pensamento., 1993.   
  
  SANTO, Ruy Cezar do Espírito, O renascimento do sagrado na educação: O auto conhecimento na formação do educador. Campinas, SP: Papirus, 1996. (Coleção Práxis). 1. Educação 2. Filosofia 3. Sagrado. 

 Sathya Sai Baba, Sadhana,1926. Hinduísmo.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A História do Instrutor



Era uma vez, a menos de mil milhas daqui, um pobre lenhador viúvo que vivia com sua pequena filha. Todo dia ele costumava ir às montanhas cortar lenha que trazia para casa e a atava em feixes. Então, depois da primeira refeição, caminhava até o povoado mais próximo, onde vendia a lenha e descansava um pouco antes de voltar para casa. 

Um dia, ao chegar em casa já muito tarde, a menina lhe disse: - Pai, às vezes desejo que pudéssemos ter uma comida melhor, com mais fartura e variedade de coisas para comer. 

- Está bem minha filha - falou o velho - amanhã me levantarei mais cedo do que costumo, irei mais LONGE nas montanhas, onde há mais madeira, e trarei uma quantidade muito maior que a de costume. Chegarei em casa mais cedo, enfeixarei a lenha mais depressa, e irei ao povoado vendê-la para que possamos ter mais dinheiro. E lhe trarei toda espécie de coisas deliciosas para comer. 

Na manhã seguinte, o lenhador se levantou antes da aurora e partiu para as montanhas. Trabalhou arduamente cortando e empilhando lenha, que amarrou num enorme feixe e carregou nos ombros até sua cabana. Quando chegou em casa, era muito cedo ainda. Colocou sua carga de lenha no chão è bateu à porta dizendo: 

- Filha, filha, abra a porta, pois tenho fome e sede e preciso comer alguma coisa antes de ir ao mercado. Mas a porta estava trancada. O lenhador estava tão cansado que se deitou no chão e logo adormeceu profundamente, ao lado do feixe de lenha. A menina tendo esquecido completamente a conversa da noite anterior, ainda dormia. Horas depois, quando o lenhador acordou, o sol já estava alto. Bateu novamente à porta dizendo: 

- Filha, filha venha logo. Preciso comer alguma coisa e ir ao mercado vender a lenha, pois já é muito mais tarde do que costumo ir. Mas, havendo esquecido completamente a conversa da noite anterior, a menina já havia se levantado, arrumara a casa e saíra para uma caminhada. Trancara a porta supondo, em seu esquecimento, que o pai ainda estivesse no povoado. 

Então o lenhador pensou consigo: "Já é tarde demais para ir ao povoado. Portanto, voltarei às montanhas e cortarei um outro grande feixe de lenha, que trarei para casa e, assim, levarei ao mercado amanhã uma carga dobrada”. Durante todo aquele dia o velho homem trabalhou arduamente nas montanhas, cortando e enfeixando lenha. 

Já era noite quando chegou em casa com a lenha nos ombros. Depositou o fardo atrás da casa, bateu à porta e disse: - Filha, filha, abra a porta, pois estou cansado e não comi nada o dia inteiro. Tenho dupla carga de lenha que espero levar amanhã ao mercado. Preciso dormir bem esta noite para recuperar as forças. Mas não houve resposta. 

A menina estava com muito sono ao chegar em casa. Havia preparado sua comida e se deitara. A princípio ficara preocupada com a ausência do pai, mas concluiu que ele tinha resolvido passar a noite no povoado. O lenhador, cansado, faminto e com sede, vendo que não podia entrar em casa, deitou-se mais uma vez ao lado dos fardos de lenha e adormeceu profundamente. Embora preocupado com o que pudesse ter acontecido à sua filha, não conseguiu se manter acordado. 

Na manhã seguinte, devido ao frio, à fome e ao cansaço, o lenhador acordou muito cedo, antes mesmo do dia clarear. Sentou-se e olhou à sua volta, mas não podia ver nada. Aconteceu uma coisa estranha. O lenhador pensou ouvir uma voz que dizia: - Depressa! Depressa! Deixa a tua lenha e vem por aqui. Se necessitas muito e desejas pouco, terás um alimento delicioso!

 O lenhador se levantou e caminhou em direção à voz. Andou e andou, mas nada encontrou. Já então sentia mais frio, fome e cansaço do que nunca e estava perdido. Estivera cheio de esperança, mas isto não parecia  tê-lo ajudado. Ficou triste e sentiu vontade de chorar. Mas percebeu que chorar em nada o ajudaria. Então, deitou-se e adormeceu. Logo acordou novamente, pois fazia muito frio e ele sentia demasiada fome para poder dormir.

 Decidiu então narrar para si mesmo, como se fosse um conto, tudo o que lhe havia acontecido desde que a filha lhe dissera que desejava um tipo diferente de comida. Assim que terminou sua história, pensou ouvir outra voz, vinda de cima, como se estivesse saindo do amanhecer que dizia: 

-Velho homem, que fazes ai sentado? Estou me contando minha própria história« respondeu o lenhador. -E como é? – perguntou-lhe a voz. O velho repetiu sua narração. Muito bem – disse a voz. E então recomendou ao velho lenhador que fechasse os olhos e subisse, como se houvesse um degrau. 

-Mas não vejo degrau nenhum – retrucou o velho. 

-Não importa, mas faze como te digo, ordenou a voz. O velho fez o que lhe era indicado. Assim que fechou os olhos, encontrou-se de pé e, ao levantar o pé direito, sentiu que sob ele havia alguma coisa como um degrau. Começou a subir o que parecia ser uma escada. De repente a escada começou a se mover muito depressa, e a voz disse: 

-Não abra os olhos até que eu te indique. Quase em seguida, a voz mandou que o velho abrisse os olhos. Ao  fazê-lo, viu que se encontrava em um lugar que parecia um deserto, com o sol queimante sobre sua cabeça. Estava rodeado por montes e montes de pequenas pedras de todas as cores: vermelhas, verdes, azuis e brancas. Parecia-lhe estar sozinho. Olhou em volta e não viu ninguém. Mas a voz recomeçou a falar. 

-Pega tantas pedras quantas puderes - disse - fecha os olhos e desce novamente os degraus. O lenhador fez como lhe foi dito. E, quando a voz ordenou que abrisse novamente os olhos, encontrou-se diante da porta de sua própria casa. Bateu à porta e sua filha atendeu. Ela lhe perguntou onde havia estado, e o pai lhe contou o que acontecera, embora a menina mal pudesse entender o que ele dizia, porque tudo lhe parecia muito confuso. Entraram em casa e a menina e seu pai compartilharam o último alimento que tinham: um punhado de tâmaras secas. 

Quando terminaram, o velho pensou ouvir uma voz que novamente lhe falava, uma voz exatamente igual àquela que o mandara subir os degraus. A voz disse: - Lembra-te de que estou sempre aqui.. Faze com que a minha história de nunca seja esquecida. Se assim fizeres e se o mesmo for feito por aqueles a quem contares esta história, as pessoas que tiverem verdadeira necessidade encontrarão seu caminho. 

O lenhador colocou todas as pedras que trouxera do deserto num canto de sua pequena casa. Pareciam muito com simples pedras e ele não soube o que fazer com elas. No dia seguinte levou seus dois enormes feixes de lenha ao mercado e os vendeu facilmente por ótimo preço. Ao voltar para casa, levou para sua filha toda espécie de deliciosas iguarias que ela até então jamais havia provado. E quando acabaram de comer, o velho lenhador falou: 

- Agora vou lhe contar toda história do Instrutor. Ele é o dissipador de todas as dificuldades. Nossas dificuldades foram dissipadas por ele e devemos sempre lembrar-nos disso. Durante quase uma semana, o velho homem continuou como de costume. Ia às montanhas, trazia lenha, comia alguma coisa, levava a lenha ao mercado e a vendia. Sempre encontrava comprador, sem dificuldades. 

Chegou então a quinta feira seguinte e, como é comum entre os homens, o lenhador se esqueceu de repetir a história do Instrutor. Nessa noite, já tarde, apagou-se o fogo na casa dos vizinhos do lenhador. Os vizinhos não tinham nada com que reacender o fogo. Foram à casa do lenhador e disseram: 

- Vizinho, vizinho, por favor, dê-nos fogo dessas suas maravilhosas lamparinas que vemos brilhar através da janela. - Que lamparinas? - perguntou o lenhador. - Venha aqui fora –responderam os vizinhos-, e veja. 

Então o lenhador saiu e viu, realmente, quantidades de luzes que, vindas de dentro, brilhavam através de sua janela. Voltou para dentro de sua casa e viu que a luz irradiava do monte de pedras que ele colocara em um canto. Mas os raios de luz eram frios e era impossível usá-los para acender fogo. Tornou então a sair e disse: 

- Sinto muito, vizinhos, mas não tenho fogo! - Os vizinhos ficaram aborrecidos e confusos e voltaram para casa resmungando. Mas aqui eles abandonam nossa história. Rapidamente o lenhador e sua filha cobriram as brilhantes luzes com quantos panos encontraram, com medo de que alguém visse o tesouro que possuíam. 

Na manhã seguinte, ao retirarem os panos, descobriram que as pedras eram gemas preciosas e luminosas. Levaram-nas, uma por uma, aos povoados vizinhos, onde as venderam por um preço muito elevado. O lenhador decidiu, então, construir um esplêndido palácio para ele e sua filha. Escolheram um lugar justamente em frente ao castelo do rei de seu país. Em muito pouco tempo, magnífico edifício havia tomado forma. 

Esse rei tinha uma linda filha que, um dia ao levantar-se de manhã, viu um castelo que parecia de contos de fadas bem em frente ao de seu pai, e ficou muito surpresa. Perguntou a seus servos: Quem construiu esse castelo? Que direito tem essa gente de fazer tal coisa tão perto de nossa moradia? 

Os criados saíram e foram investigar. Voltaram e contaram à princesa a história, até onde eles conseguiram averiguar. A princesa mandou chamar a filha do lenhador, pois estava muita zangada com ela mas, quando as duas meninas se conheceram e conversaram, logo se tornaram grandes amigas. Começaram a encontrar-se todos os dias e iam nadar e brincar no regato que fora construído para a princesa por seu pai. 

Alguns dias depois do primeiro encontro, a princesa tirou do pescoço um lindo e valioso colar e pendurou-o em uma árvore bem à margem do regato. Esqueceu-se de o apanhar ao sair da água e, ao chegar em casa, supôs que o tinha perdido. Repensando um pouco, a princesa convenceu-se de que a filha do lenhador havia roubado seu colar. Contou então, ao seu pai, que mandou prender o lenhador, confiscou-lhe o castelo e todos os bens que o lenhador possuía. 

O velho homem foi posto na prisão e sua filha foi internada num orfanato. Como era costume naquele país, depois de certo tempo, o lenhador foi retirado do calabouço e levado para a praça pública, acorrentado a um poste, com um cartaz dependurado no pescoço. No cartaz estava escrito: "Isto é o que acontece àqueles que roubam aos Reis”. 

A princípio as pessoas se juntavam em volta dele escarnecendo e atirando-lhe coisas. Ele se sentia muito infeliz. Logo, porém, como é comum entre os homens, todos se acostumaram a ver o velho ali sentado junto ao poste e quase nem reparavam nele. Ás vezes atirava-lhe restos de comida, às vezes não. 

Um dia ele ouviu alguém dizer que era tarde de quinta feira. De súbito veio-lhe à mente o pensamento de que logo seria a noite do Instrutor, o dissipador de todas as dificuldades, de que ele se esquecera de comemorá-lo já há muito tempo. No mesmo instante em que este pensamento lhe chegou à mente, um homem caridoso, que por ali passava, atirou-lhe uma pequena moeda. 

O lenhador chamou-o: - Generoso amigo você me deu dinheiro, que para nada me serve. Se, no entanto, sua generosidade for tanta para comprar uma ou duas tâmaras e vir sentar-se para comê-las comigo, eu lhe ficaria eternamente grato. 

O homem foi e comprou algumas tâmaras. Sentaram-se e comeram-nas juntos. Quando terminaram, o lenhador lhe contou a história do Instrutor.

- Acho que você deve estar louco - disse o homem generoso. Mas era uma pessoa bondosa que, por sua vez, enfrentava muitas dificuldades. Ao chegar em casa, depois desse incidente, verificou que todos os seus problemas haviam desaparecido. E isto fez com que começasse a pensar muito a respeito do Instrutor, mas aqui ele abandona nossa história. 

Logo na manhã seguinte, a princesa voltou ao lugar onde se banhava. Quando ia entrar na água, viu algo que parecia ser o seu colar deitado no fundo do regato. No momento em que ia mergulhar para tentar recuperá-lo, espirrou. Indo sua cabeça para trás, com o espirro, viu então que o que tomara por seu colar era apenas seu reflexo na água. O colar estava pendurado no galho da árvore, onde o deixara havia muito tempo. 

Apanhando o colar a princesa correu alvoroçada à presença de seu pai e lhe contou o que acontecera. O rei ordenou que o lenhador fosse colocado em liberdade e que lhe fossem apresentadas desculpas públicas. A menina foi trazida do orfanato e todos viveram a felicidade suprema. Tarde de quinta feira... 

Na Cozinha, enquanto preparava o almoço da minha filha, a História do Instrutor veio à mente...Etérea, mas curiosa...Voltei a ela tarde de quinta feira... Tâmaras com alguéns...Tarde de quinta feira . Somos assim :)